Um novo estudo revelou que pessoas que dormem e acordam mais tarde têm uma chance quase 50% maior de desenvolver diabetes tipo 2. Além disso, elas apresentam maior índice de massa corporal (IMC) e mais gordura corporal.
Pesquisadores do Centro Médico da Universidade de Leiden descobriram que esse perfil de sono tardio, conhecido como cronotipo noturno, está associado a um estilo de vida menos saudável, incluindo maior propensão ao fumo e alimentação inadequada – ambos fatores de risco para o diabetes.
No entanto, as descobertas sugerem que o risco aumentado de diabetes tipo 2 ocorre independentemente de outros fatores de estilo de vida.
Resultados do Estudo
O estudo analisou os padrões de sono, distribuição de gordura e incidência de diabetes tipo 2 em 5.000 participantes.
Aqueles com cronotipo noturno apresentaram um risco 46% maior de desenvolver diabetes, mesmo após ajustes para idade, sexo, educação e fatores de estilo de vida.
Além disso, os noturnos também mostraram maior IMC, circunferência da cintura e gordura visceral.
Fatores de Risco Não Relacionados ao Estilo de Vida
Segundo os pesquisadores, o aumento do risco de diabetes em cronotipos noturnos pode estar relacionado ao desalinhamento do ritmo circadiano com os horários sociais e de trabalho.
Isso pode resultar em distúrbios metabólicos, como o diabetes tipo 2.
Van der Velde sugere que mudanças nos hábitos diários, como evitar refeições tarde da noite, podem melhorar a saúde metabólica de pessoas com cronotipo tardio.
Diabetes e Esteroides
Outro estudo da Universidade de Oxford identificou que o uso de esteroides aumenta significativamente o risco de diabetes.
Pacientes tratados com glucocorticoides, como prednisolona e dexametasona, têm 2,6 vezes mais probabilidade de desenvolver a doença.
Resistência à Insulina e Doenças Associadas
Um estudo adicional encontrou que a resistência à insulina aumenta o risco de diabetes em 166%, além de estar associada ao desenvolvimento de 26 outras doenças, como gota e pancreatite.
Jing Wu, do Cheeloo College of Medicine, destacou que identificar a resistência à insulina precocemente pode ajudar na prevenção e tratamento de várias condições de saúde.
Ela enfatizou que modificações no estilo de vida, como exercícios regulares e uma dieta equilibrada, são fundamentais para reduzir a resistência à insulina e promover a saúde metabólica.
Conclusão
Os estudos recentes ressaltam a importância de compreender os impactos do cronotipo e dos fatores relacionados à resistência à insulina na saúde metabólica.
Embora os hábitos de vida desempenhem um papel crucial no risco de desenvolver doenças como diabetes tipo 2, os pesquisadores indicam que fatores biológicos, como o ritmo circadiano, também têm influência significativa.
Para indivíduos com cronotipo noturno ou aqueles preocupados com a resistência à insulina, pequenas mudanças, como ajustar o horário das refeições e incorporar uma rotina saudável, podem fazer a diferença.
A conscientização e a adoção de hábitos preventivos são passos essenciais para promover uma vida mais saudável e evitar complicações metabólicas no futuro.
Ao entender e abordar esses fatores, as pessoas podem adotar medidas práticas para melhorar a saúde geral e minimizar o risco de várias doenças associadas, incluindo o diabetes.